Nota à Comunicação Social nº 39/05

28 DE JUNHO, DIA NACIONAL DE LUTA

O Dia Nacional de Luta convocado pela CGTP-IN para amanhã, 28 de Junho, terá acções públicas de protesto em Lisboa, Porto e noutras capitais de distrito do país. Estas acções assumirão a forma de concentrações, desfiles, tribunas e contactos com os trabalhadores e as populações. Os trabalhadores dirão que “Basta de Injustiças” e que “É urgente outra política”. Reclamarão também a dinamização da contratação colectiva, que é seguramente um dos factores que mais pode contribuir para a criação dum clima de confiança que tão necessário se mostra para o desenvolvimento económico e social do País.

Em Lisboa, haverá uma primeira concentração, às 15 horas, na Praça do Município, e uma segunda, cerca de hora e meia mais tarde, no largo em frente da Assembleia da República, para onde confluirão os trabalhadores dos distritos de Lisboa, Setúbal, Évora, Beja e Portalegre. Manuel Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP-IN, falará aqui aos trabalhadores concentrados.

No Porto, será a Praça dos Poveiros o local de concentração dos trabalhadores dos distritos do Porto, Vila Real e Bragança. O início da acção está igualmente previsto para as 15 horas. O principal orador será João Torres, coordenador da União dos Sindicatos do Porto.

Os trabalhadores contestam as medidas decididas pelo Governo, porque elas hostilizam quem trabalha e penalizam quem cumpre as suas obrigações sociais e fiscais. A injustiça é, de facto, a marca distintiva dessas medidas, pois elas vêm penalizar sobretudo quem menores rendimentos tem. Estão nesse caso a subida da taxa máxima do IVA de 19% para 21%, o agravamento em 5% do imposto sobre os produtos petrolíferos, o aumento do custo de vida directo e indirecto e congelamento dos escalões e das progressões nas carreiras dos trabalhadores da Administração Pública. O défice orçamental é insustentável mas não é sustentável reduzi-lo à custa do desenvolvimento do País e da insistência, no essencial, em mais sacrifícios para os trabalhadores. Muitos sacrifícios têm estes feito, mas o problema do défice não pára de se agravar. Está na hora de todos assumirem as suas responsabilidades cívicas e sociais. E quem nunca pagou tem de começar a pagar. Há muito onde ir buscar dinheiro.

Os manifestantes votarão uma resolução político-sindical e uma moção sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG).

Lisboa, 2005-06-27 DIF/CGTP-IN